sábado, 9 de agosto de 2008

Você sabe conceituar "respeito"?

Do dicionário Michaelis (poderia ser qualquer outro!) :

res.pei.to
s. m. 1. Ato ou efeito de respeitar (-se). 2. Aspecto ou lado por onde se encara uma questão. 3. Apreço, consideração. 4. Acatamento, deferência. 5. Obediência, submissão. 6. Referência, relação. 7. Medo, temor.

Palavrinha que carrega em si muito mais que um significado, menssagem (que depende do contexto) ou interpretação de semântica.
Esta palavra nos remete a algo mais superior, a uma TENTATIVA DE CONCEITUAR "respeito".
Por quê?
Atualmente, nestes tempos (como se no passado também não fosse assim!) "bicudos", esta palavra está presente em nossas mentes, invadindo nossas consciências, infiltrando-se em nossos egos, algo que nem Freud poderia prever.
É o sentimento de respeito que nos invade quando o Hino Nacional toca durante a ascenção da Bandeira Nacional ao pódio (e como torcemos para que isso ocorra seguidas vezes!);
É o que carecemos quando somos bombardeados pela mídia com notícias que nos chocam o espírito;
É o que esperamos quando vamos votar;
É o que clamamos quando nos setimos injustiçados;
É o que devemos receber quando somos tratados pelos outros;
Esta palavrinha, que tanto significa para o homem, é que silenciosamente vem movendo o desejo de um mundo melhor para todos, impelindo outra palavra mágica: VONTADE.
A vontade, o desejo, a ação, a realização, a construção, todas constuídas sob o alicerce do RESPEITO.
Imaginem uma sociedade onde essa palavrinha (ou suas homônimas em outros dialetos e/ou idiomas) não existisse.
O que restaria?
A sabedoria da Natureza o faz se manifestar pela intimidação das presas, do bote, das peçonhas, da letalidade do ser vivo.
No seio de grupos humanos rudimentares, o respeito surge expontâneamente como uma manifestação do instinto social em relação ao outro, antes mesmo do surgimento das outras relações necessárias, como a comunicabilidade, a interatividade e mesmo da reciprocidade.
O reconhecimento do outro como ser do mesmo grupo, já pressupõe a existência de um "respeito" entre os semelhantes desse mesmo grupo.
O respeito pode considerado, também, o cimento construtor do tecido social.
Um vago "conceito" do que poderia ser "respeito" sempre surge (Háaa,... a sábia Natureza!) para ocupar o vácuo criado pela lacuna dessa "necessidade" natural e humana.
E podemos conceituar "respeito"?
Só para recordar:
con.cei.to
s. m. Filos. Idéia, abstração. 2. Opinião, reputação. 3. Sentença, máxima.
Não é fácil!
E se "respeito" está introjectado em nossa formação, desde os primórdios, como explicar
as atrocidades, as agressões, as belicosidades, as depredações grátis e inexplicáveis?
Onde esse "conceito" se perdeu?
Há quem arrisque dizer que a maldade possa ser a mãe de todos os vícios.
Mas não é o viés natural da essência humana ter "respeito", nem que seja por si mesmo, atenuando esta genitora de todos os males?
Como podes perceber caro leitor, a eterna busca da felicidade pelo homem, a batalha diária pela vida, não se fundamenta somente em uma boa educação (já notaram que os maiores fascínoras eram cultos e de filhos de "boas" famílias?) ou estrutura familiar de qualidade, mas na assimilação de um "conceito" sobre respeito. É nele que vai se basear a personalidasde do indivíduo e é nesta base que se estruturará a real felicidade perseguida por todos.
Sem um conceito de respeito, formado pelo homem em si mesmo, jamais o ser humano irá poder respeitar qualquer coisa, muito menos a vida, quer própria ou de outro ser vivo.
outro, seja semelhante ou não, e nem a presunção

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