Segundo a consultoria, que acompanha fundos com mais de US$ 10 trilhões em ativos, as ações da América Latina, em especial do Brasil, sofrem com a queda no valor das commodities e com a perda de valor das moedas locais.
Ilustrando bem a análise da EPFR, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), acumula perda de 4,9% em agosto, vindo de uma baixa de 8,48% em julho, e uma desvalorização de 10,43% em junho.
Voltando o foco para a categoria emergentes, os fundos de ações dedicados a esses mercado tiveram saques modestos durante a semana. No entanto, a baixa movimentação de recursos entre todas as categorias de fundos tem se mostrado tendência desde o final de julho.
A exceção, segundo a EPFR Global, fica com os Fundos de Ações dos Estados Unidos e com os Money Market Funds (que buscam com investimentos de curto prazo e baixo risco), que têm característica de porto seguro para os investidores.
Pela nona vez em 11 semanas, os fundos dedicados às ações norte-americanas receberam dinheiro. Durante esse período, a entrada líquida já soma US$ 12,8 bilhões. Como na semana passada, os fundos voltados para ações de grandes empresas (large caps) e os Exchange-Traded Funds (ETFs), que acompanham índices de mercado, lideram o recebimento de recursos.
A busca por proteção também fica evidente pela captação de US$ 18,9 bilhões pelos Money Market Funds. Ainda na renda fixa, os Fundos de Bônus de Emergentes absorveram US$ 252 milhões.
De volta ao mercado de ações, a EPFR nota que o panorama para a Europa está cada vez mais sombrio. Tal percepção ficou clara na quinta e sexta-feira, com saques de recursos da região derrubando o valor do euro ante o dólar. Apesar de ter a melhor performance entre todos os grupos, os Fundos de Ações da Europa foram alvo de saques pela 13ª vez em 14 semanas.
No Japão, a preocupação com a recessão fala mais alto do que a queda no preço da energia e outras commodities. Os fundos de ações dedicados ao país perderam US$ 53 milhões. No acumulado do ano, a categoria já perdeu US$ 5,6 bilhões.
Entre os fundos setoriais, o segmento de Finanças voltou a receber dinheiro, com os investidores apostando que o pior da crise já ficou para trás. Depois de perder US$ 933 milhões no final de julho, a categoria recebeu US$ 1,7 bilhão.
Outro grande ganhador da semana foram os fundos de Saúde e Biotecnologia, com captação de R$ 763 milhões. As categorias Tecnologia e Bens de Consumo também registraram entradas.
Fonte: G1
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