Cientistas identificam três variações genéticas associadas à esquizofrenia
quarta-feira, 30 de julho de 2008 - 14:40
A esquizofrenia é uma doença mental grave difícil de ser diagnosticada. Ela afeta 1% da população e é caracterizada por alucinações e delírios.
A influência genética em seu desenvolvimento varia entre 73% e 90%, mas os genes e as regiões dos cromossomos envolvidos ainda são um mistério. Além disso, a complexidade dos sintomas e a influência do ambiente criaram ainda mais dificuldades na obtenção de conclusões.
As pesquisas publicadas hoje identificam duas variações genéticas no cromossomo 15 e uma no cromossomo 1, que aumentam o risco de desenvolvimento da esquizofrenia.
Após comparar o genoma de milhares de pacientes com esquizofrenia e de indivíduos saudáveis, os pesquisadores descobriram que os doentes apresentavam 15% mais variações em três áreas localizadas nos cromossomos 15 e 1.
Além disso, os especialistas confirmaram que uma supressão já conhecida no cromossomo 22 também influencia no desenvolvimento da doença.
O desafio agora é descobrir qual é a influência exata que essas mudanças nos genes têm na esquizofrenia e como atuam para que a doença se manifeste.
Já a terceira pesquisa publicada pela "Nature" mostra a relação entre a doença e as mudanças nos nucleotídeos do DNA. Os pesquisadores apontam uma variante próxima ao gene ZNF804A, que codifica uma proteína que poderia regular a expressão de outros genes.
Após analisar vários casos, os cientistas concluíram que essa variante também se dá em indivíduos com transtornos bipolares, algo que apóia a hipótese de que as duas doenças compartilham fatores de risco.
Fonte: G1
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