sábado, 19 de setembro de 2020

O INICIO DO CICLO 25

 

 Está se aproximando o fim do ciclo solar 24.

 Veja abaixo:

 Possivelmente se dará no período compreendido entre dezembro/2019 e outubro/2020.

 O mínimo solar do ciclo que se finda apresentou uma superfície solar estranhamente limpa,

sem manchas solares visíveis, contrariando todos os cálculos.

 Foi muito diferente do pico máximo do mesmo ciclo, um evento de julho/2014, em que surgiram

diversas manchas solares.

 O Sol está abandonado gradualmente a inexplicável "calmaria" em que se encontra 

para ingressar num novo período de aumento gradual 

da atividade solar, rumando para o máximo solar do ciclo 25, que está  previsto para 2025.

 Prever com antecedência o que pode ocorrer com o Sol é uma questão de sobrevivência da 

atual civilização.

 Uma intensa atividade pode despejar contra todo o sistema solar uma enorme quantidade de matéria

e energia, que pode afetar satélites, redes de telecomunicações (pois intensificam a energia do 

cinturão de radiação externo do planeta atingindo os satélites artificiais), sistemas terrestres de 

geração e transmissão de energia elétrica, GPS ou mesmo afetar perigosamente os astronautas na 

Estação Espacial Internacional.

 Os cientistas preveem que o ciclo 25 será de pouca intensidade, pois eles notam uma queda gradual

de atividade desde o final do ciclo 23, lá na década de 1980. 

 Este silêncio solar deixou os astrofísicos sem explicações. 

 Em 2008, o físico David Hathaway (da NASA) achou normal que o ciclo 23 tivesse um mínimo com 

duração maior que a média histórica de 131 meses, considerando o que prevê os cálculos estatísticos e o 

desvio padrão de 14 meses.

 Ele lembrou que o Mínimo de Maunder (1645-1715, a chamada "Pequena Era do Gelo")

durou 70 anos. E foi a partir do séc. XVIII que o Sol, inexplicavelmente, retomou os ciclos de 11 anos.

 O Mínimo de Maunder permanece um mistério, tal como o atual ciclo que se acaba.

 E em 2008, Hathaway previu que em 2012 ocorreria um máximo solar, o que não se confirmou.

 Estas opiniões divergentes sobre a justificativa do comportamento irregular do Sol provocou um 

cisma entre os cientistas. Em 2008, 266 dos 366 dias ficaram sem manchas, tal como em 1901 e 1913,

quando esteve 311 dias "limpo" e "calmo". 

 O ciclo que iniciou em 1996 foi de pouca atividade em 2007.

 Em 2009 não foi diferente.

 Um estudo, feito pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR) em conjunto com a Universidade de Michigan descobriu que em 2008 a Terra foi bombardeada com altos níveis de energia solar quando o Sol estava calmo e sem manchas solares. 

Pela imagem abaixo se vê como o vento solar nos protege dos efeitos das tempestades solares:

 Veja o gráfico abaixo:

                           [Imagem: David Hathaway, NASA/MSFC]

 A atividade solar protege o nosso Sistema Solar dos temidos raios cósmicos galácticos, que deixa em perigo os astronautas que estão fora do abrigo da atmosfera terrestre, além de aumentar o tempo de órbita do lixo espacial por falta de força de arrasto proporcionada pelo aquecimento da atmosfera exterior pelas intensas correntes elétricas formadas nas auroras boreais.. Desde o mínimo solar de 1996, o brilho do Sol caiu 0,02% no comprimento de onda da luz visível e 6% na onda ultravioleta.


 As grandes explosões de energia eletromagnética e de partículas geradas pelas tempestades solares e pelas ejeções de massa coronal podem prejudicar a vida  no nosso planeta.

 Pela relevância do problema foram lançadas várias sondas para monitorar o Sol, pois as partículas solares levam de 2 a 4 dias para atingir a Terra e estas sondas podem dar o larta com antecedência, dando tempo para os terráqueos se preparem de alguma forma, minimizando os efeitos do impacto destas tempestades.

O Sol já pode ser monitorado pelo celular. Basta baixar o app "3D Sun" no link 

3D Sun




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