domingo, 20 de julho de 2008

Espécie humana esteve à beira da extinção há 150 mil anos, diz estudo

Washington - A espécie humana esteve a ponto de desaparecer da face da Terra há 150 mil anos, segundo um estudo genético publicado hoje pela revista "American Journal of Human Genetics". Houve um momento em que seu número se reduziu, aparentemente por causas climáticas, a apenas dois mil indivíduos que viveram na África na primeira etapa da Idade de Pedra, acrescenta o estudo, financiado, entre outros, pela National Geographic Society.

Esses indivíduos, que agora são o ancestral comum dos 6,6 bilhões de habitantes do planeta, se separaram em pequenos grupos e viveram isolados durante quase 100 mil anos antes de "se reencontrar" para iniciar as emigrações da África, assinala a National Geographic em comunicado.

Neste momento, a humanidade já tinha se dividido em grupos diferentes com linhas genéticas particulares em cada um. "Aparentemente, houve importantes fenômenos climáticos que contribuíram à separação", segundo Spencer Well, chefe do Genographic Project, que dirigiu o trabalho.

Segundo o cientista, as evidências de uma catástrofe meteorológica estão na zona de Malauí, onde agora fica Moçambique, a qual durante esses tempos registrou uma série de intensas secas. "A população se reduziu provavelmente cerca de dois mil indivíduos... poucas centenas por cada grupo. Estivemos à beira da extinção", acrescentou.

Os cientistas chegaram a essa conclusão após analisar os genomas completos do DNA mitocondrial de várias populações indígenas da África Subsaaariana com o objetivo de localizar mutações genéticas.

Os pesquisadores descobriram que um conjunto de indivíduos que tinha tido sua origem no leste da África se separou há 150 mil anos.

Um grupo emigrou ao sul e o outro ao nordeste.

A ínfima humanidade desse remoto passado "se manteve à parte durante quase 100 mil anos. Depois, há 40 mil anos, se reuniu para se transformar em uma só população pan-africana", afirmou Doron Behar, pesquisador do projeto do Centro Médico Rambam, em Haifa, Israel.

fonte:

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/04/24/raca_humana_esteve_a_beira_da_extincao_ha_150_mil_anos_diz_estudo_1286170.html

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